A Diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de PN/Sindserp divulgou nota em seu Facebook, em 23/5, anunciando a instalação de "Comissão de Greve". A meta é "mobilizarmos quantos servidores forem necessários para que nossos direitos sejam respeitados".

Haverá ainda movimento pela redução de salários de secretários municipais, de ocupantes de cargos de confiança, de vereadores, do prefeito Guto Malta/PT e do vice-prefeito José Luiz Ventura/PDT, como forma de denunciar que a Administração está "inchada ao extremo".
As medidas – deliberadas na noite de 20/5 – decorrem de reunião, na tarde daquela data, da Mesa Permanente de Negociação Salarial, na qual dois secretários – André Luiz dos Santos/Fazenda e Cláudia Lima/Recursos Humanos – ratificaram posturas recentes sobre a impossibilidade de se conceder o reajuste salarial reivindicado desde janeiro.
Os servidores reivindicam 10,67% e mais 10% de “ganho real”. Como esta FOLHA já divulgou, alegando queda das receitas desde 2015, o Executivo concedeu apenas 11,57% e mesmo assim só para cerca de 1/3 dos seus 2.300 servidores (os que ganham o salário mínimo nacional).

A nota salienta que, no começo de maio, o prefeito Guto Malta/PT disse pela Imprensa que negociaria em curto prazo. Todavia o assunto "ficou na conversa", como se constatou na reunião da Mesa de Negociação.
"Soubemos de fontes seguras que o receio do prefeito era [que houvesse] protesto dos servidores no Dia da Cidadania [7/5]. Para a entidade sindical, a declaração do chefe do Executivo surgiu como "atitude covarde, mesquinha e de quem só vê o próprio umbigo. Também o que esperar de um governo que só se sustenta com boatos e ameaças ao servidor, como a retirada de todos os cartões de ponto de alguns setores no dia de uma das paralisações"?
A nota ainda continua: "Acham que vão cozinhar os servidores em ‘banho-maria’ com essa tentativa de golpe de uma gestão ligada a um partido que se diz dos trabalhadores! Mas não vão mesmo! Esse ‘golpe’ sairá muito caro à atual Administração."
Como esta FOLHA informou, em 28/4 os servidores promoverem paralisação parcial do serviço. Em 9/4, houve assembleia pró-greve com apenas 27 representantes da categoria.
Na redação nesta notícia, ainda não havia resposta municipal ao ataque do Sindserp.